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Inclusão: da palavra aos atos

A tentação talvez seja a de considerar que a inclusão é uma tendência do marketing e da comunicação. Mas não é, a inclusão é um movimento social que se quer abrangente e consequente.


Na base, este movimento pretende que produtores de conteúdos, agentes culturais, ou marcas reconheçam que as pessoas, os consumidores, não são todos brancos, louros e heterossexuais, ou que todas as famílias são compostas por uma mãe, um pai e dois filhos, ou que nem todos têm um emprego das nove às cinco, ou longos, saudáveis pequenos almoços com frutas e cereais... Trata-se de uma questão de representatividade, tão só.




Afinal, o mundo e as suas pessoas estão em permanente mutação, não existe uma cristalização de comportamentos, interesses, formas de estar, formas de vestir, formas de consumir... E se falamos de mudança, temos que que reconhecer que também os desejos mudam, assim como o consumidor, que pretende ver-se representado de forma mais realista na comunicação das marcas.


O consumidor, hoje, precisa de se rever na mensagem. Ele quer sentir-se verdadeiramente incluído na conversação.


Ra’el Cohen, Chief Creative Officer da ThirdLove, marca de roupa interior para todos os tamanhos, sintetiza-o: “Os consumidores evoluíram do ponto em que queriam que lhes vendessem um sonho irrealista. Agora, ao invés, eles querem sentir que fazem parte do sonho. Eles querem-se rever nas marcas que apoiam, seja nos produtos oferecidos, seja nos modelos retratados nas campanhas de marketing”.


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